quarta-feira

IT'S A WONDERFUL LIFE.


Maio. 2009.

1995. Estava em cartaz o Festival Frank Capra no Centro Cultural. E eu nunca tinha assistido nada dele, embora soubesse que era um clássico do cinema norte-americano dos anos 40. Sabia também que seus filmes eram criticados por enaltecerem o american dream. Todo mundo, pelo menos uma vez na vida sentiu (bom, pelo menos, eu acho que todo mundo deveria sentir isso pelo menos uma vez na vida) vontade de viajar pelo planeta, de conhecer aquele lugar que só os livros de História e de Geografia sabem que existe. A vida, porém, nem sempre nos deixa realizar o que desejamos e com George Bailey aconteceu assim. Ele era adorado na sua comunidade. No entanto, era também, entre todos, a pessoa que mais queria ir embora dali. Ironia do destino: ele é quem sempre ficava. Como se não bastasse, é Natal e por causa de uma confusão enorme, George acaba querendo se matar. Até que um anjo vem e mostra como, se ele se matasse, seria a vida da sua família e dos seus amigos. Beleza, anjo, mas que tal mostrar também como seria a vida do George se ele fizesse o que sempre sonhou? Sempre lembro deste filme quando tenho que fazer mala pra alguma viagem. Fiz um quadro do It's a wonderful life pra não esquecer: é melhor ser amado por aqueles que a gente ama, mas também é melhor não ser George Bailey. Eu quero ver o mundo e vou continuar vendo. Sem anjo nenhum embaçando. Aliás, anjo bacana é aquele que pergunta, enquanto faz a própria mochila, não os motivos de ir e sim se você não está esquecendo o passaporte.


Esta é uma foto do meu quadro de It's a wonderful life. Dá pra ver também um pedacinho do quadro de La Dolce Vita.


Abaixo, cenas do filme, com música de Michael White inspirada pelo personagem George.

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